Nós somos apaixonados por iluminação, de todos os estilos, do clássico ao industrial, e trabalhamos muito para trazer sempre as mais modernas, potentes e sustentáveis fontes de iluminação, mas por mais que todos os especialistas se empenhem dia e noite, nada supera a força da luz solar. E a iluminação zenital é o ramo que estuda e se inspira nas melhores formas possíveis de aproveitar a iluminação solar em seus projetos.
O que é iluminação zenital? Entenda!
Zênite significa o ponto luminoso mais verticalmente acima na esfera celeste, o ponto mais elevado e central em que se observa algo no céu.
E a iluminação zenital busca incorporar essa ideia justamente trazendo para dentro dos ambientes maneiras de aproveitar a luz natural do Sol com mais propriedade durante o dia.
Através de diferentes técnicas, a entrada de luz natural – e muitas vezes vento também – é posicionada, especialmente sobre os forros e telhados, geralmente por fendas, cúpulas ou mesmo materiais translúcidos.
Cada tipo de ambiente pode aproveitar de uma forma diferente a luz solar, por exemplo, ambientes amplos e de menor permanência, com grande demanda por iluminação, podem receber aberturas maiores para suprir a demanda por luz ganhando um pouco em temperatura, já ambientes mais fechados e de longa permanência, como fábricas, podem ter estruturas com entradas de luz menores e equipadas com caixilhos ou tubos, para oferecer ventilação extra.
Mesmo que alguns tipos de espaços necessitem de iluminação zenital, é importante entender mais sobre seus prós e contras, além de cada tipo:
- É fundamental se inteirar sobre a orientação solar, para aproveitar -ou evitar- o sentido onde fará mais Sol.
- As aberturas precisam ter um tamanho proporcional de acordo com sua função; para oferecer apenas iluminação, até 15% da área do piso a ser iluminado bastam, já se a questão for ventilação, não mais de 8%.
- A temperatura é uma questão importante: aberturas muito grandes podem acabar aumentando consideravelmente a temperatura do ambiente. Ela deve ser sempre calculada na proporcionalidade com a área total do piso e a altura do pé direito.
- Aberturas com passagem de ar que sejam muito largas também podem afetar na temperatura e na ventilação do ambiente.
- Especialmente nas casas, alguns modelos de iluminação zenital podem ser difíceis de se limpar.
Os principais tipos de iluminação zenital
Entre os modelos mais utilizados, podemos citar as seguintes técnicas:
Clarabóia
A claraboia pode ser empregada de diferentes formas mas, no geral, consiste em uma abertura no teto onde é aplicado material translúcido, em diferentes formatos (domo, retângulo, quadrado) para que a luz entre no ambiente.
A clarabóia pode receber caixilhos para a circulação de vento, assim como materiais mais leitosos e opacos para diminuir o excesso de entrada de luz. Especialmente porque a técnica da clarabóia tem uma tendência a aumentar a carga térmica do ambiente, por isso muitas vezes é aplicada em banheiros abertos, ambientes clínicos, espaços públicos e outros lugares que precisam manter um nível mais “ambiente” de temperatura e iluminação.
Clarabóia tubular
Ao invés da incidência direta da luz captada pela abetura, as clarabóias tubulares possuem tubos que refletem a luz para dentro do ambiente de forma indireta.
Seu uso é muito comum em cozinhas – de casa e industriais –, galpões, sotãos e geralmente também são utilizadas para propiciar a ventilação do ambiente.
Lanternim
Os lanternims são elevações feitas em uma faixa sobre o telhado, de fora a fora na estrutura, que facilita bastante a dissipação do ar em locais que acumulam mais calor, que tem densidades diferentes de acordo com a altura e precisa de meios para ser dispersado. Muito utilizado em salões, estufas e indústrias, e geralmente é produzido no sentido horizontal, para aproveitar bem a extensão do local.
Shed
Os sheds são “rasgos” na extensão do telhado. Faixas curtas e contínuas no teto, geralmente equipadas com caixilhos para que o ar entre.
A diferença dos sheds é que são aplicados em telhados com estrutura de dente de serra, o que oportuniza a ventilação e limita o excesso de raios de sol, por ser aplicada contra a direção de maior insolação.
São muito aplicados em galpões, e especialmente na indústria.
Cúpula
A cúpula é uma elevação côncava sobre o telhado, geralmente produzida em acrílico, policarbonato ou vidro, que ocupa áreas centrais do piso e faz entrar um grande volume de luz sob sua instalação.
A cúpula é aplicada especialmente para fins decorativos, sendo comum em capitólios, museus, igrejas e áreas públicas.
Sua estrutura é mais complexa e o aumento de temperatura que causa costuma ser mediado junto de outras técnicas arquitetônicas.
Átrio
Enquanto a cúpula é circular, o átrio costuma ser horizontal e contínuo, fechado em formato de pirâmide, mas com os implementos arquitetônicos atuais, pode ter diversos formatos e extensões. Muito utilizado em halls, passeios públicos, jardins, salões e shoppings.
Telhas translúcidas
Uma outra maneira, bem mais simples de se implementar, é com o uso de telhas translúcidas, que facilitam a entrada de luz em construções muitas vezes simples, como cabanas e depósitos rurais.
As telhas, geralmente de acrílico ou vidro, aumentam bastante a temperatura do local, por isso seu uso deve ser bem controlado.
Gostou das ideias de iluminação zenital? Você pode fazer combinações incríveis em seus ambientes com instalações de faixas de led e trilhos para aproveitar também a luz lunar, vale a pena conferir as variadas opções de iluminação e ser criativo com seu projeto.
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