Luminotécnica: saiba como surgiu o estudo e suas transformações
Desde a invenção da lâmpada, ou seja, da eletricidade, muitas transformações ocorreram em todo o mundo, principalmente em termos de pesquisas, tudo para que a qualidade de vida humana subisse ainda mais. Nesse sentido, a luminotécnica surgiu, que nada mais é o estudo que usa técnicas para melhorar a visualização de um ambiente através da luz artificial.
Essas técnicas fornecem dados para que um profissional saiba, exatamente, quantas lâmpadas o ambiente precisa ter, onde tem que ir cada uma, qual a intensidade delas, suas potências, entre outras coisas. Tudo isso é determinado através de cálculos para obter resultados exatos, assim diminuindo as chances de erros nos projetos durante a instalação das luzes.
E como todo estudo fundamentado em diversas pesquisas, a luminotécnica foi incluída nas normas técnicas que conceituam tudo o que precisa ser considerado na instalação da luz artificial para deixá-la adequada ao tipo de ambiente e ao que será feito ali, à eletricidade e a outros fatores indispensáveis. A NBR 5413 foi primeira a determinar todos os parâmetros para a iluminação de espaços internos, mas pouco a pouco a NBR/ISO 8995 está substituindo-a.
Além disso, não pense que esse estudo cuida apenas das luzes e suas intensidades, não! Ele engloba todas as características de um ambiente que influenciam na iluminação, como as cores do espaço, desde o teto até o chão, as janelas que ali existem, se há claraboias ou não, espaços mais escuros, entre outros fatores.
Tudo isso é para promover toda a iluminação necessária sem erros, porque se um espaço for muito mais escuro, tiver pouca incidência de luz solar, mais luz ele precisará conter, e vice-versa. E – claro – tornar todo o projeto luminotécnico mais barato, sem gastos desnecessários de energia elétrica.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o estudo luminotécnico, a Henrilustres explicará mais sobre como tudo isso é feito para sanar todas as suas dúvidas.
Como é feito o cálculo luminotécnico
Dadas nossas explicações iniciais, você deve ter entendido melhor o que é esse estudo. Mas além de saber o que ele faz, precisa conhecer exatamente como são obtidos seus resultados.
Nesse sentido, o cálculo para obter quais serão os resultados do projeto luminotécnico no ambiente considera tudo o que já foi citado, como cor das paredes, do chão, do teto, as janelas etc. Além disso, é muito importante que o eletricista ou outro profissional que está a cargo da iluminação tenha plena ciência das grandezas da iluminação. Você sabe quais são elas? Confira:
Fluxo luminoso
A primeira das grandezas é o fluxo luminoso, que nada mais é que toda a potência de luz emitida por uma fonte, como uma lâmpada, definida em lúmens. O lúmen serve para medir esse fluxo luminoso, ou seja, é uma unidade de medida. Sendo assim, quanto mais lúmens tiver uma fonte de luz, mais forte é sua capacidade iluminativa.
Eficiência luminosa
A segunda grandeza é a eficiência luminosa, que, em poucas palavras, é o a inter-relação entre a potência da lâmpada e a quantidade de lúmens que ela emite. Assim, quanto maior é a eficiência, mais econômica a lâmpada será, visto que ela não necessitará de tanta energia para emitir a luz.
Iluminância
A iluminância é a relação entre o fluxo luminoso, a primeira grandeza, e as superfícies a que ele chega. Sua representação é feita pela letra E, a medição é em LUX e o instrumento utilizado é o luxímetro. O luxímetro é ligado à célula fotoelétrica, que recebe a incidência da luz e emite uma corrente elétrica.
Esse aparelho não é só utilizado para a iluminação de interiores, sabia? Na agricultura ele é muito útil para verificar se todas as plantas estão recebendo a quantidade de luz necessária e adequada.
Temperatura de cor
Assim como o nome já diz, ela define qual será a cor que a lâmpada terá. Se a lâmpada tiver 3000K, sua cor será amarelada, em uma temperatura de 6000K, a cor será branca. É bem simples, mas temos um post que fala sobre a luz fria, quente e neutra, confira depois para entender melhor!
Fator de depreciação
O fator, ou coeficiente, de depreciação nada mais é que a redução do fluxo luminoso de um espaço devido a ações do tempo e fatores externos, como a poeira acumulada nas superfícies, lâmpadas mais fracas ao iluminar, entre outras coisas, e é representado pelo d.
Coeficiente de utilização
Esse coeficiente depende exclusivamente das cores que estão nas paredes. Ele é tabelado pelos fabricantes para que quem for instalar as lâmpadas conheça os valores exatos.
Sendo assim, após conhecer todas as grandezas, a fórmula utilizada para calcular todo o fluxo luminoso é:
Na qual:
?: fluxo luminoso;
E: iluminância;
S: área do recinto em m²;
µ: coeficiente de utilização;
d: fator de depreciação.
Fazendo o cálculo, você consegue saber qual é o número de lâmpadas que um ambiente precisa ter considerando o fluxo luminoso, através de outra conta:
Conforme dados:
n: número de lâmpadas que o ambiente precisa;
?: fluxo luminoso;
?: fluxo luminoso presente em cada lâmpada.
Depois de aprender tudo isso, não há como não dizer que a luminotécnica é indispensável para que um ambiente fique confortável visualmente, claro e mais bonito, não é? É importante conhecer todos esses aspectos se for começar na carreira ou apenas a fim de entender o que está sendo realizado no projeto de sua casa.
Para saber mais sobre iluminação e dicas de decorações, fique sempre antenado(a) no blog da Henrilustres. Até a próxima!